Nesta mala de garupa fumo em rama e um baralho
Uma faca na bainha com a qual eu dou meus talhos
Vai num canto escondida uma ponta de saudade
Rapadura e erva mate e um bilhete pra cidade
Lá no fundo guardo um sonho desses que jamais vingou
Uma funda e uma isca da pandorga o que sobrou
Um punhado de caminhos e outras tantas geografias
Um pedaço de esperança mais um tanto de alegria
Vai um sol já meio gasto e uma rosa esquecida
Um lugar onde refaço meus estragos e feridas
Dentro dela meus retalhos meus amores minhas lidas
Nesta mala de garupa vai a vida, vai a vida
Anca.
Só é mate se tiver algum jujo (chá) junto com a erva.
Dois sentidos: engodo e mexa de isqueiro.