Manhã de junho no interior do estado
Cambona fria e nem sinal das brasas
O minuano que rengueia tudo
O cusco e até o pé direito da casa
Saltou cedito como de costume
Lavou as mãos e a cara já judiada
E requentou para seu desayuno*
Garrão do chibo da noite passada
Botou confiança na cincha do mouro
Levou o laço pra beber sereno
Requisitou a proteção divina
E contemplou seu mundo tão pequeno
Sua vida inteira foi assim
Achando lindo, dando risada.
Como quem colhe uma flor no inverno
Se foi com deus
Pra outra campereada...
*desayuno - desjejum, café da manhã
Vento predominante frio e seco, que sopra do quadrante SW (Alegrete, Uruguaiana, Quaraí, Barra do Quaraí) - donde habitavam os nativos (índios) denominados Minuanos (por essa razão), que se tornaram hábeis campeiros (laçadores e boleadores).
Pequeno cachorro (o mesmo que guaipeca).
Apero da encilha que serve para apertar os arreios.
Apero (acessório) trançado de couro cru, composto de argola, ilhapa, corpo e presilha.