Meu compadre toca essa milonga nova feito nego véio
Meu compadre trova que o dedo de prosa anda mixuruca
Meu compadre abraços tocando pro gasto tá feito o carreto
Não tô nem aí não sou de me exibir eu sou de Uruguaiana
Meu compadre volta que a santana velha ainda te espera
Meu compadre estive em passos de los libres "chimbeando" um pouco
E me fiz de louco pra juntar uns trocos e passar na aduana
Mortadela, queijo, azeite, papa doce e uns sacos de farinha
Meu compadre eu posso milongueando uns troços te alcançar um mate
Nosso buenas tardes teve o mesmo pátio a mesma cidade
Somos companheiros, somos milongueiros, somos regionais
Somos que nem peste da fronteira oeste como nossos pais
E não há mal que sempre dure
E não há bem que nunca acabe
E não há mal que sempre dure
E não há bem que nunca acabe
"ah, seu tocador de rádio, eu queria tanto mandar este
Recado para o meu compadre que está aquerenciado na alma do meu violão."
Espécie de desafio repentista, cantado e acompanhado musicalmente.