Ânsia de Baile
Barbaridade Tchê (1989)
Garotos de Ouro
Na boca da noite meu pingo encilhado é hora entonado rodeado o palanque
O mês inteirinho lidando na estância e o clamor dessa ânsia não há quem estampe
Bombacha novinha comprei no bolicho e dê-lhe capricho num banho de sanga
Sorriso na cara que a amada me estampa me vou pra bailanta campeando uma tianga
E dele que dele que trote galope
Meu pingo estradeiro conhece este taita
E na ânsia de baile de china alvoroço
Parece que ouço resmungo de gaita
E dele que dele que trote galope
Meu pingo estradeiro conhece este taita
E na ânsia de baile de china alvoroço
Parece que ouço resmungo de gaita
Na volta do cerro na beira do pasto escuto compasso de gaita e pandeiro
Me apeio na frente do rancho barreado e não fico assustado no olhar do porteiro
Já pago e já entro e meu lá pra copa meus olhos se topa no olhar da morena
E eu penso comigo e esta que aparta e a noite por certo vai ser bem pequena
O sol vem olhar pelos fundos da quincha meu pingo relincha esperando por mim
Mas eu não me solto das mãos da morena e o baile que pena chegando ao fim
Mas levo a esperança gravada no rosto e o velho faz gosto e mandou convidar
Pra outro domingo firmar compromisso pois vai dar permisso pra nós namorar