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Vento Negro

Rock de Galpão (2008)

Neto Fagundes

Onde a terra começar,
Vento negro, gente eu sou,
Onde a terra terminar,
Vento negro eu sou.

Quem me ouve vai contar,
Quero lutas, guerra não,
Erguer bandeira sem matar,
Vento negro é furacão.

Com a vida, o tempo,
A trilha, o sol,
O vento forte, se erguerá arrastando
O que houver no chão.

Vento negro, campo a fora,
Vai correr,
Quem vai embora tem que saber,
É viração.

Nos montes, vales que venci,
No coração da mata virgem,
Meu canto eu sei, há de se ouvir,
Em todo o meu país.

Não creio em paz sem divisão,
De tanto amor que eu espalhei,
Em cada céu, em cada chão,
Minha alma lá deixei.

Com a vida....


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