Paisanos
Wilson Paim Nos Festivais Vol. 2 (COLETÂNEA) (2001)
Wilson Paim
Queimado de geada e sol
E curtido pelo minuano
Sempre cruzando fronteiras
Tal qual um flete sem dono
Campeiraço e servidor
Jamais se curva a tiranos
Puro por cruza de sangues
Brasileiro e castelhano
Nem sempre sabe em que lado
Da fronteira ele nasceu
Só sabe que chamam pampa
O lugar onde cresceu
Se sente dono do mundo
Que desde piá conheceu
Céu aberto, campo verde
A pátria que deus lhe deu
Hermanos de terra e pampa
Donos do próprio destino
São frutos do mesmo galho
Cantores do mesmo hino
De paz e de liberdade
Que toda a querência escuta
E da linha divisória
Sai pra fazer recoluta
Homens que o tempo não muda
Seu sentimento de terra
Sempre fizeram da paz
Seu maior grito de guerra
Riveras, nettos e bentos
Bombeando pampa e coxilha
São paisanos tão iguais
Membros de uma só família
[hermanos de terra e pampa
Donos do próprio destino
São frutos do mesmo galho,
Cantores do mesmo hino
De paz, de liberdade
Que toda a querência escuta
E da linha divisória
Sai pra fazer recoluta]
Homens que o tempo não muda
Seu sentimento de terra
Sempre fizeram da paz
Seu maior grito de guerra
Riveras, nettos e bentos
Bombeando pampa e coxilha
São paisanos tão iguais
Membros de uma só família