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Onde a Gaita Corcoveia

Milongueando Essas Lembranças Tuas (1996)

Cesar Passarinho

Letra: Anomar Danúbio Vieira

O negro Juca me assuntou de um bate coxa
Lá no rancho das morocha´, na costa do cerro chato
Eu tô folgado, ontonte, findei a esquila
E sei que as chinas da vila se gruda´ igual carrapato

Soco as garra´ no sogueiro e uma graxa na melena
Passo um fio nas minhas chilenas pra rasgar algum par de meia
Onde a gaita corcoveia, eu me apeio pacholento
E faço até meu testamento onde a gaita corcoveia

Onde a gaita corcoveia, até a morte é cosa´ pouca
As crinuda´ gavionando, pedindo um freio na boca
E sobra até pros refugo´ se o gaiteiro é o boia-loca
E sobra até pros refugo´ se o gaiteiro é o boia-loca

Tem café pra todo gosto
Não existe china feia
Beleza se vê apalpando
E se o isqueiro relampeia
E a gaita se debulhando
Que nem esterco de oveia´

Rancho barreado, santa-fé e chão batido
Nesse retouço esculpido entre abrojo e unha-de-gato
Depois que tramela a porta, não entra nem lua cheia
E a gaita, então, corcoveia na costa do cerro chato
Depois que tramela a porta, não entra nem lua cheia
E a gaita, então, corcoveia na costa do cerro chato

Onde a gaita corcoveia, até a morte é cosa´ pouca
As crinuda´ gavionando, pedindo um freio na boca
E sobra até pros refugo´ se o gaiteiro é o boia-loca
E sobra até pros refugo´ se o gaiteiro é o boia-loca


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