Walther Morais

De Gaúchos e Cavalos

2004

De Cima do Arreio

Eu ando na estrada cansando o cavalo
Botando sentido nas coisas que vejo
De cima do arreio campeio meu rumo
E aos poucos me aprumo por sobre os pelegos
Um trago de canha, um mate cevado
E um sonho a "lo largo" no sul do pais
Buscando um sorriso além da saudade
Aprendo as verdades da vida que eu quis

Eu sinto que a estrada me ensina aos pouquinhos
E sigo sozinho, sem medo de ir...
Vencendo distancias cruzando fronteiras
Encontro nas ânsias razões pra seguir
Eu trago a esperança estampada na cara
E guardo as lembranças das coisas que fiz
Com raca e coragem eu topo a parada
E aguento o repuxo firmando a raiz

Aaah! tristeza gaúcha que trago no peito
Trancando essa historia com fibra e com jeito
De quem sabe bem levantar quando cai...
Aaah! a estrada e comprida e andar vale a pena
Pois quem busca sonhos de alma serena
Tocando pra frente sabe aonde vai

Assim me sustento e tapeio o chapéu
Andando "a lo leu" nas voltas do pago
Descubro a querência nos fundos de campo
E canto o Rio Grande nos versos que faço
Ternura e silêncio nas horas tranquilas
Destreza no braco pra quando e preciso
A vida me leva conforme o seu tranco
E assim me conduz mansamente em seus trilhos

Aaah! tristeza gaúcha que trago no peito
Trancando essa historia com fibra e com jeito
De quem sabe bem levantar quando cai...
Aaah! a estrada e comprida e andar vale a pena
Pois quem busca sonhos de alma serena
Tocando pra frente sabe aonde vai

Sabe aonde vai, sabe aonde vai, sabe aonde vai...

Dicionário gauchês

MATE QUERÊNCIA

Outras Letras

Voltar para o álbum
Página inicial Artista