Walther Morais

Pra não Falar em Cavalo

2001

Alma de Chamamé

Dentro de mim há um rio
Enfrentando os desafios que a própria vida ensinou
Sou taura destas barrancas
De água e espumas brancas que o rio grande demarcou.
Vou palanqueando a verdade
Entre enchentes de saudades repletas de telurismo
A minha voz é a do povo
Que planto sempre de novo no coração o atavismo.

Trago a verdade de um pai
Balseiro deste uruguai que a historia fez renascer
A grito de sapucay
Que com as águas se vai pra alma de um chamamé

Sou quebra destes confins
Onde a tristeza tem fim nos braços de uma potranca
E o sol que me viu nascer
Faz ser ciência o saber pra cada filho da pampa.
Tenho trazido comigo
A dádiva dos amigos no calendário do peito
Sou barranqueiro e campeiro
Deste meu sul brasileiro raiz de um canto direito.

Dicionário gauchês

TAURA POVO CAMPEIRO

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