Rui Biriva

Rui Biriva

1999

Vanera Cintura de Sapo

Falado:
Toque de gaita é a alam gaúcha ecoando nestes pampas
E o Rio Grande é um bagual que não tem freio
E vem a galope nos anos e no som desta vanera
E a gente sente o sangue e a raça deste pago..!

Cantando:
Este eco vem nos tempos nesta vanera coiceira
Que veio não sei de onde, por certo foi a primeira,
E se perdeu campo a fora entonada que nem trincheira.

Faço roncar a vanera esse é um segredo relato
Entre as missões e a fronteira de um xucro gaiteiro nato
Nasceu a vanera grossa que nem cintura de sapo.

É o rio grande do sul que berra e pede cruzada
Num turum bamba incendeia alegrando eternas noitadas
É o rio grande do sul que berra e pede cruzada.

Vanera de cantar verso de bolicho de carreirada
Onde a gaita chamarisca parece dá risada;
Vai farroneando, escramuça no retoco da peonada.

Estoura o surungo frouxo e a indiada banhada em suor
Vai sapateando a vanera e o chinaredo ao redor
Pois com alegria do rancho seu sonho fica maior.

Sinto o mundo nos meus braços e uma pampa sem fronteira
Até a lua olha pra baixo, brilha os olhos da trigueira
Meu pago inteiro se embala no compasso da vanera.

Dicionário gauchês

BAGUAL GALOPE XUCRO BOLICHO SURUNGO CHINAREDO RANCHO PAMPA PAGO

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