Vozes do Silêncio
Vozes do Silêncio (2011)
Délcio Tavares
Quando um sonho novo acorda comigo,
Seguindo meus passos aqui no presente,
Reabre uma porta de um silêncio antigo,
Que ficou guardado no subconciente.
Os olhos vagueiam pra longe de tudo
Que a gente conhece no mundo terreno
Coração enxerga sem ver tarta mudo
A grandeza imensa do meu ser pequeno.
Nas águas da mente se banham
Nas ondas se veste de vento pras folhas caídas,
E o corpo cansado das noites de rondas
Vai desvanecendo nos braços da vida.
Com a luz a distância parece mais longe
A vista se perde quando vê a calma
A paciência segue um silência de monge
E as vozes se calam pra rever a alma.
Nesses dias lindos de contar o tempo
Espero o momento de ser teu carinho
Sonhando contigo teu vulto contemplo
Nessas horas longas de ficar sozinho.
Nas águas da mente se banham
Nas ondas se veste de vento pras folhas caídas,
E o corpo cansado das noites de rondas
Vai desvanecendo nos braços da vida.
A noite é uma fada que renasce linda
Quando o dia para de morrer aos poucos
Que pobreza minha, não sabia ainda
Que a vida amanhece desses sonhos loucos.
Nas águas da mente se banham
Nas ondas se veste de vento pras folhas caídas,
E o corpo cansado das noites de rondas
Vai desvanecendo nos braços da vida.
{bis}