O Doce da Paixão
Dos Festivais, da Vida! - Coletânea (2003)
Wilson Paim
O sol penetra pelas frinchas da janela
Chamo por ela nosso mate está cevado
Apaixonado, sirvo amargo com canela
Linda aquarela de topete esverdeado
Como é gostoso matear ao alvorecer
E ter consigo os carinhos de uma prenda
Mates e rendas fazem parte deste dia
Para alegria matinal desta vivenda
(verde esperança, sorvido em beijos de prata
Gosto de mata, com a doçura da paixão
Seio moreno, pras caricias dos meus dedos
De mil segredos, guardados no coração)
A passarada canta um hino só pra nós
Se estamos a sós, é por que falta alguém
De certo um dia vem pra nós lindo rebento
Pra um firmamento de um casal que se quer bem
As horas passam e os dias galopeiam
Lides, enleios, fazem parte dessa andança
Amor criança renascendo a cada aurora
E o sol lá fora beija o verde da esperança