João Manuel Aramburu
Destino da Gente (2008)
Mano Lima
A laço, bola e maneio lidando com gado alçado
Rondando tropas alheias bem assim que eu fui criado
Meio ruído pelas traças eu me embretei na cidade
Sentado em banco de praça sentindo o peso da idade.
Nas minhas noites de insônia eu fico horas pensando
Recorro o quarto dos netos como se tivesse rondando
A vicentina se acorda e me abraça com carinho
Ela sabe o que se passa na mente deste velhinho.
Meus olhos ficam molhado volto pra cama aos passinhos
Sou um poncho velho encharcado cuarando devagarinho
Esta vanera é homenagem a todos já tropearam
E hoje vivem de saudade dos tempos bom que passaram.