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Chamarra do pé Esquerdo

Sobre Um Homem Que Vinha Num Mouro (2006)

Joca Martins

Justo hoje no dia santo
De santo nada tenho
E venho disposto a tudo
Topetudo feito mate de barão

É que hoje quando acordei
Levantei cheio da pressa
E na pressa calquei no chão
O garrão da pata esquerda

E quando isso acontece
Acontecem cataclismas
Surgem cismas logo cedo
Que tão cedo não se vão

Uma secura na goela
Revela ganas de temporal
{bis}
Hoje não há cruz de sal
Que impeça a lambança

Encilho o pingo e alço a perna
Quem governa esse fundão sou eu
Bota nova e um chapelão
Quem governa esse fundão sou eu
{repete}

Qualquer demora é longa
Milonga alguma me agrada
Minha adaga miro de soslaio
Com azedume nas ideia

E quando as ideia me azeda
Tenho umas ideia azeda
Devereda rumo ao povo
De atrás de novo e alguma plata

E terminada as rinha
Conto as espinha dobrada
Dobro a picada e resumo
Rumo ao rancho satisfeito

Por ter cumprido a preceito
Os ritames da maldição
{bis}
Que surge quando vai ao chão
O garrão da pata esquerda

Encilho o pingo e alço a perna
Quem governa esse fundão sou eu
Bota nova e um chapelão
Quem governa esse fundão sou eu
{repete}


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