Quando a Mãe se Vai do Rancho
Brasileiro e Castelhano (2010)
João de Almeida Neto
Quando a Mãe se Vai do Rancho
Há uma tristeza tamanha
As margaridas fenecem
E a casa parece estranha
Roupas pousam no varal
Há silencio na cozinha
E na floreira do pátio
Vicejam ervas daninhas
Quando a Mãe se Vai do Rancho
O coração se reparte
E há uma cadeira vazia
Na hora triste do mate.
//refrão
O sonho se faz insônia
O berço perde o balanço
E o filho pergunta a Deus
Porque a mãe se vai do rancho.
Quando a Mãe se Vai do Rancho
Fica um guardo solitário
Uma santinha sem preces
Um castiçal e um rosário
Não mais o velho tempero
De manjerona e alecrim
Somente um fogão sem lenha
Numa casa sem jardim
Um dia chega essa hora
E o pranto não tem descanso
Fica uma dor sem remédio
Quando a mãe se vai do rancho.