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Medley - Chuva, Tropa E Saudade / O Potro Da Estância Querência

Ao Vivo II 20 Anos (2005)

Os Mateadores

Não cai daquela feita te juto nunca mais caio
Na estância do joão sampaio que gineteada de luxo
Me benzi numa água benta peguei o diabo pelas venta
Bem no estilo gaúcho

Foi lá na estância querência
Que eu me topei com um tordilho
Potro gavião e crinudo
Com forquilha nos curnilho

Era cruzado com diabo
Maleva desde potrilho
Tinha o lombo amaudiçoado
Pra nunca sentar lombilho

Se criou cruzando campo cortando cerca de espinho
Ligeiro que nem um raio arisco e sempre sozinho
Dizem que em noites de chuva, de ceração ou neblina
Relinchava trincando os dentes mordendo a ponta da crina

Eu sou do campo, nascido lá na fronteira
Sou doutor honóris causas da lida buena campeira

Já tinha matado gente
A golpe, coice e mordida
Peão que pegasse o ventana
Já se estragava da vida

Resolvi tentiar uma ferpa
Daquele maula teatino
Pra ver quem tinha mais sorte
No corredor do destino

O patrão fez um fandango que nem dia de cazório
Se acaso eu levasse a breca tinha festa no velório
Levei aquele velhaco bem no sinal no rodeio
Atraquei um pé de amigo pra depois mete os arreios

Eu sou do campo, nascido lá na fronteira
Sou doutor honóris causa da lida buena campeira

Quando tirei a maneia
Senti um brunido tão feio
Meteu as patas na cara
Partiu meu basto no meio

Me grudei no tinhoso
Senti arrepiar o cabelo
Saltei pra cima do quebra
Sem nada no puro pêlo

Quebrei a fama do tufo cortando só nas virilha
Não caminhou uma semana e não pastou por quinze dias
Me disse um gaúcho taita ate o caixo a canta galo
Pra recorrer o rio grande montado nesse cavalo

Eu sou do campo, nascido lá na fronteira
Sou doutor honóris causa da lida buena campeira


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