Rancho De Capim Barreado
Rodeio (2001)
Gildo de Freitas
Eu tenho um rancho de capim barreado
Que não é grande, mas não é pequeno
Mas, dentro dele, eu vivo entusiasmado
Porque agasalha um gaúcho bueno
Até a minha guaiaca de couro
Que está meia roída por fora
Já guardou muitas moedas de ouro
Está guardando os cruzeiros de agora
Tenho um cavalo na estrebaria
E duas vaca Jersey na cocheira
É o meu primeiro serviço do dia
Puxar no teto da vaca tambeira
Até a água lá do meu açude
Ela espelha o corpo da gente
Quando é verão, a água é fresquinha
Quando é inverno, ela fica mais quente
Meus dois cachorro são meus dois amigo
Faz o serviço do homem campeiro
E se eu, na lida, entrar em perigo
Tenho confiança no meus companheiro
Eu tenho tudo e não me falta nada
Pra meu consolo, eu tenho a minha prenda
Esta é a minha esposa sagrada
Que admira a minha fazenda
Eu, felizmente, me casei com ela
Porque admira minha vida rude
Só toma água da minha vertente
Só banha o corpo lá no meu açude
Naquele rancho de capim barreado
Vivemos nós, ali, de lado a lado
Porque agasalha um gaúcho bueno
E nós vivemos entusiasmado