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Tchê de Bombacha

Mate de Esperança (1993)

Os Mirins

Vaine Darde e Jaime Junior

Tchê de bombacha, Tchê de bombacha,
Tchê tu não te abaixa;
Mantenha as mãos firme nas rédeas
Porque agora é no vai ou racha!
Tão querendo botar freio , tchê,
No nosso bago de raça!

O guasca peleja as vacas de forma a virar dinheiro
Mas ao abrir a guaiaca não sobra nem pro puchero,
E quando chega o fim do mês falta os pilas pro palheiro;
Se esfola todo na lida e vai calejando as mãos
Consumindo a própria vida na velha sina de peão,
Desse jeito o qüera finda changueando só pelo pão!

Ninguém vive de esperança, nem se mantém com promessa
Quem espera nunca alcança, quem quiser faça, não peça;
E a miséria só termina, onde a justiça começa.
Já é hora do gaudério, exigir o que é seu,
E lavar a coisa a sério, como outrora aconteceu,
Pois desse jeito o gaúcho, vai ser peça de museu!


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