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Cadê o Bugio

Campeirismo Vol 11 (2019)

João Luiz Corrêa

"Juliano Borges"

To chegando e me gusta escutar um bugiu
Que o rio grande pariu na mata serrana.
Socado no fole, marcado nos baixos
É o tranco mais macho da terra pampiana
Tá extinto nos bailes o tranco macio
Cadê o bugiu roncador das manhãs
Perdeu- se no más na invernada da estância
Dando vida a ânsia saudosa dos fãs.

Refrão
Quem sabe algum dia retorne a querência
A xucra essência que o tempo mudou
O baile de rancho a luz de candieiro
E o bugiu matreiro que a gaita tocou.


Legendário serrano do alto da pátria
Deixou sua marca no pampa sulino
Quem vive e conhece nossa tradição
Amarga a extinção desse bicho teatino
Nos bailes de rancho seu tranco é bagual
Figura imortal simbolismo sem luxo
Imploro que voltes em vida de novo
Pra ouvir deste povo o bugiu é gaúcho.


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