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Manhãs e Saudades

E a Poesia de Nóbrega - Marcas (2001)

José Claudio Machado

Chega a saudade aos pataços
E um coice me acerta a alma

Sufoca mais que o mormaço,
Tira o sono, leva a calma.
As manhãs ficam mais longas e as tardes bem mais compridas

Me disfarço entre milongas e me escondo atrás das lidas

Me disfarço entre milongas e me escondo atrás das lidas

Diga por que solidão, vens me tirar o sossego,
Se sou um pobre peão que dorme sobre pelegos

Diga por que solidão vens me tirar o sossego,
Se sou um pobre peão que dorme sobre pelegos

Esta saudade potranca, já me deu mais de mil tons. ninguem lhe encosta em barranca e nem lhe para no lombo.

Saudade é como rodada contra o arame-farpado,
Vai-se o potro com as garras, fica o jinete estropiado.
Vai-se o potro com as garras, fica o jinete estropiado.

Diga por que solidão vens me tirar o sossego,
Se sou um pobre peão que dorme sobre pelegos

Diga por que solidão vens me tirar o sossego,
Se sou um pobre peão que dorme sobre pelegos


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