Vaneira do Tempo Antigo
Tranco Galponeiro (2008)
Os Bilias
Ao pé do fogo eu acalmo meus anseios
Quando floreio, de mansinho, o vanerão
Pra relembrar de relancina o tempo antigo
Num sentimento que me invade o coração
Esta cordeona traz magias e segredos
Quando meus dedos passeiam numa vanera
Vou resgatando a nossa herança do passado
E o telurismo da minha infância campeira
Talvez, um dia, as sementes do meu canto
Germinem sonhos com raiz e procedência
Pra renascer afirmando estes valores
E florescer a alma xucra da querëncia
Quem traz a marca do passado no seu canto
Enraizada nos costumes do seu povo
Vai repontando a história de uma raça
Pra ressurgir na viração de um tempo novo
Por isso eu canto meu Rio Grande de alma aberta
Minhas origens, meu amor por este chão
Nestes caminhos do meu pago campesino
Acho tão lindo dar rédeas pra o coração