Xucra
De Igual Pra Igual (2010)
Pedro Ortaça
Consegui só por capricho sentar lombilho e rabicho
Nas mágoas do coração
Pra domar a caborteira
Saudade passarinheira que sinto do meu rincão
É xucra barbaridade
Essa potranca saudade crioula do coração
Não dá corcovos a toa
E até parece que voa quando se casca no chão
Mais resistente que a fome,
Saudade não há quem dome é bicho que não se amansa Nunca serve pra encilha
E o queixo nem com rendilha se ablanda... mas que esperança.
Saudade maldita gueixa
Que me deixa sempre uma queixa na boca meia rendida
Saudade é de campo fino
Troteia junto ao destino na estrada grande da vida