Rui Biriva

Na Estrada do Sul

2007

Matando a Pau

Eu quebro tudo, chuto o balde e a bandeja
Surro o pandeiro e faço o fole descolar
Por que comigo vanerão não tem moleza
Se atraco viro a mesa e não consigo parar.
Pois o gaiteiro espicha a gaita e não se encolhe
E o xiru velho se acolhera no violão
Eu abro a bico por que a lida não é mole
Boto fogo, puxo o fole na bailanta de galpão.

Vem ver, vem ver, vem ver como sou mau
Onde tem baile de rancho eu me desmancho e mato a pau.

Eu não sossego enquanto o som não sai das caixa
E todo mundo se entrevera num salão
Por que comigo é assim no vai ou racha
Onde eu canto o amor se acha ninguém fica solteirão
Quando me baixa um “tchê louco”, num bochincho
Qualquer bailanta bota gente pelas frestas
Por que depois de se benzer pelos bolichos
O Rio Grande é só cochicho, sai das casas e vem pra festa.

Dicionário gauchês

XIRU RANCHO BOTA

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