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Uma Vaneira de Respeito

Cada Coisa Em Seu Lugar (2017)

Marcio Correia

Uma vaneira da campanha ou da fronteira
Trás a alma galponeira de quem vive no rigor
O pouco importa se é serrana ou missioneira
Se levanta polvadeira nos fandangos do interior

Um índio velho das monhecas calejadas
Que recorre as invernadas sobre o pingo companheiro
Baila entretido nos encontros da patroa
E acha a vida muito boa vaneirando no terreiro

Uma bailanta sem vaneira vira em nada
É uma estância sem eguada meu patrão
É rodeio sem gineteada meu amigo
Gaúcho sem chimarrão
Mas quando salta uma vaneira da cordeona
A alma fica redomona meu irmão
E a peonada se embala e vai pra sala
Já começa o calorão

Molha a camisa, toma um gole e mete xixo
Sai igual um carrapicho caprichando na figura
Pois a vaneira tem a cisma desse assunto
Que levanta até defundo pra bailar da sepultura

Quando o gaiteiro fica besta e muda o passo
Faz roncar algum compasso e já acolhera nas ilheiras
Os menos brutos vão sentar acadelado
E o bagual mais irritado grita, toca uma vaneira

Uma bailanta sem vaneira vira em nada
É uma estância sem eguada meu patrão
É rodeio sem gineteada meu amigo
Gaúcho sem chimarrão
Mas quando salta uma vaneira da cordeona
A alma fica redomona meu irmão
E a peonada se embala e vai pra sala
E já começa o calorão

//repete 1x


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