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Rio Grande, Cordeona, Gaiteiro e Bugio

Rio Grande, Cordeona, Gaiteiro e Bugio (2000)

Crioulo Batista

(Crioulo Batista)

Final de semana, não fico na estância
É longa a distância até no rancherio
E o meu pingo mouro, bem gordo e delgado
Muito tem cruzado no passo do rio
Subi a barranca lá do outro lado
E o mouro, alarmado, tranqueando macio
De longe eu ouvi um alarido de gaita
E um gaiteiro baita tocando um bugio

São quatro primores que a pampa pariu
Rio grande, cordeona, gaiteiro e bugio

Viajei mais de légua ouvindo o lamento
Do sopro do vento que golpeava frio
E o mouro, a galope, mastigando freio
Fazendo floreio pra o meu assovio
Cheguei no fandango ali por onze horas
Entrei sem demora e o povo se abriu
Gritei pro gaiteiro, tu pede que eu pago
E, depois deste trago, me toque um bugio

São quatro primores que a pampa pariu
Rio grande, cordeona, gaiteiro e bugio

Me disse o gaiteiro, estou apavorado
Um baixo trancado e meu pulso se abriu
Me ajuda, parceiro, me livra o sufoco
Se não, daqui a pouco o salão tá vazio
Peguei na minha gaita, segui balançando
E a indiada dançando no mesmo feitio
Pois bailes aqui no rio grande adorado
Tem que ser tocado bastante bugio

São quatro primores que a pampa pariu
Rio grande, cordeona, gaiteiro e bugio

Eu canto e encanto, quem dança, balança
E animo a festança num jeito sadio
E o ronco que ronca brotando das notas
Do meio das grotas um dia surgiu
Rio grande da pampa tão verde e amarela
Da gaita singela e gaiteiros bravios
E os novos gaiteiros peço, nos socorra'
E não deixe que morra o som do bugio

São quatro primores que a pampa pariu
Rio grande, cordeona, gaiteiro e bugio


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