Quando Monto em Meu Cavalo
Pras Bailantas (2016)
Júlio Cézar Leonardi
Gosto de encilhar o pingo e me bandear, mundo afora,
cavalgando esqueço o tempo, nem vejo passar as horas;
cortando serras e campos, cruzando matas e rios,
num trote de liberdade, sinto o vento em assobio;
num trote de liberdade, sinto o vento em assobio.
Quando monto em meu cavalo, o que é ruim eu esqueço;
por levar a vida que levo, todo dia agradeço;
e, às vezes, chego a pensar se tudo isso eu mereço;
e nas estradas da vida, o mundo é meu endereço;
e nas estradas da vida, o mundo é meu endereço.
Tem gente que se orgulha de quebrar queixos no freio,
de sangrar potros na espora, de rebentar os arreios;
por mais aporreado que seja, não há bicho que mereça
ser amansado no mango, mas sim com delicadeza;
ser amansado no mango, mas sim com delicadeza.
Quando monto em meu cavalo, o que é ruim eu esqueço;
por levar a vida que levo, todo dia agradeço;
e, às vezes, chego a pensar se tudo isso eu mereço;
e nas estradas da vida, o mundo é meu endereço;
e nas estradas da vida, o mundo é meu endereço.
Nunca precisei de esporas pra lidar com meu cavalo,
pois o meu flete ensinado entende tudo que eu falo;
até chego a imaginar que ele tem alma de gente;
montado, viro centauro, com o mundo pela frente;
montado, viro centauro, com o mundo pela frente.
Quando monto em meu cavalo, o que é ruim eu esqueço;
por levar a vida que levo, todo dia agradeço;
e, às vezes, chego a pensar se tudo isso eu mereço;
e nas estradas da vida, o mundo é meu endereço;
e nas estradas da vida, o mundo é meu endereço.