Os Mateadores

Galope do Mouro

1995

Baile da Cascavel

Letra: João Sampaio e Quide Grande
Melodia: Elton Saldanha
Participou do Reponte da Canção Gaúcha em sua 11ª Edição em 1995


''Eu canto e não toco por música
Desempenho meu papel
Eu canto porque é preciso e hoje vou bater o guiso no rancho da Cascavel"

Quando espicha uma cordeona, chego a sentir o tropel
Do retoço abarbarado no rancho da Cascavel
A véia batendo guiso que parecia um cincerro
Era as cobras se arrastando naquele topo de cerro

Por volta da meia-noite, virando pra madrugada
O chinaredo se alçando bailavam de cola atada
Na copa vendiam vinho, daqueles de garrafão
E um pastelzito de cabeça pra um índio firmar o garrão

Milicos se perfilavam como se fosse um quartel
Com a continência de sempre
-Abença Tia Cascavel!

TIA CASCAVÉIA PRÁ LÁ
TIA CASCAVÉIA PRÁ CÁ
DAVA BOTE NO SALÃO, MANDANDO AS MOÇAS DANÇAR

(É UM TRAGO
-DEIXA QUE EU PAGO
VAMOS FAZER UM ESTRAGO POR CONTA DO CORONEL 2×)
LARGA DUAS DE VENENO NA MODA DA CASCAVEL

Gurias troquem de roupa, sirvam canha com pastel
Que a festa particular, é por conta do coronel
O retoço lá, no fundo, bem na ponta do perau
Aloitava a xiruzada numa tarimba de pau

O candeeiro era de sebo, iluminando o salão
Conta com mais de três mês, se cobrava no facão
Cascavel num entrevero, meteu os pés no borraio
Morreu num dia de chuva, desnucada por um raio

Sirvam trago pra santinha, tem que ser canha com mel
Mas que saudade da veia....
-Abença Tia Cascavel!

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