Pacholeando na Doma
Eu Sou Gaúcho (2015)
Romário Gaúcho
(Dionísio Costa/Romário Gaúcho)
Tô no lombo de um cuiúdo, só vendo a morte por diante
Ele forceja bastante e eu daqui não fróxo a perna
Nas rosetas das esporas trago enganchado este bicho
Sou domador de capricho e beiçudo não me governa
Até parece comigo, à toa, loco e cosquento
O atentado mais nojento que já cruzou nos meus ferro'
Mas eu não refugo briga por qualquer semblante azedo
Pois me criei sem ter medo de coice, feitiço e berro
Só sei lidar com cavalo, por isso é que eu não lamento
Pois pra ganhar meu sustento eu não aprendi mais nada
Levando Deus na garupa e a coragem por diploma
Vou pacholeando na doma, doutrinando a bagualada
Tô grudadito no lombo co’a vida pelo garrão
Se eu daqui me for ao chão, ninguém precisa ajuntá
Porque se eu não tivé morto, eu desentorto o chapéu
E saio campeando o céu no rumo onde o lombo tá
Quem doma sabe o que "amunta", conhece só numa olhada
Se é peleia ou se é barbada, deste jeito é que avalio
Mal comparando é igual china, quando enlóca e se fresqueia
Pois quanto mais me coiceia, daí mesmo é que eu judio
Só sei lidar com cavalo, por isso é que eu não lamento...
Tô no lombo de um cuiúdo, só vendo a morte por diante
Ele forceja bastante e eu daqui não fróxo a perna
Nas rosetas das esporas trago enganchado este bicho
Sou domador de capricho e beiçudo não me governa
Quem doma sabe o que "amunta", conhece só numa olhada
Se é peleia ou se é barbada, deste jeito é que avalio
Mal comparando é igual china, quando enlóca e se fresqueia
Pois quanto mais me coiceia, daí mesmo é que eu judio
Só sei lidar com cavalo, por isso é que eu não lamento...