Enforquilhado
Parelha (2015)
Cristiano Quevedo
Oigalê coisa bem feia,
É ver um potro corcoveando,
Se boleando sobre a areia,
Pra apertar quem vem montando.
Venho no mundo enforquilhado
E quero seguir gineteando,
Enquanto existir aporreados
Só quero deus me amadrinhando.
Sou um ginete enforquilhado
E peço a deus a proteção,
No tombo de um aporreado,
Só mango e crina nas mãos.
Cuidado o primeiro pulo,
Ajuda mais o peão,
Depois deixe que berre,
Escondendo a cara nas mãos.
Na hora em que me enforquilho,
Sinal da cruz eu não me esqueço.
Quem não respeita os cavalos,
A vida cobra seu preço.
Nem tudo sempre se ganha,
A sorte também leva tombo.
Se os cavalos soubessem sua força,
Ninguém parava em seu lombo.
Se os cavalos soubessem sua força,
Ninguém parava em seu lombo.
Oigalê coisa bem feia,
É ver um potro corcoveando,
Se boleando sobre a areia,
Pra apertar quem vem montando.
Venho no mundo enforquilhado,
E quero seguir gineteando.
No lombo dos aporreados,
Só quero deus me amadrinhando.
Enquanto existir aporreados,
Só quero deus me amadrinhando.
Sou um ginete enforquilhado
E peço a deus a proteção,
No tombo de um aporreado,
Só mango e crina nas mãos.
Cuidado o primeiro pulo,
Ajuda mais o peão,
Depois deixe que berre,
Escondendo a cara nas mãos.
Mas sei que vou me afastar,
Do lombo e da gineteadas.
Um par de espora prateada,
Registra uma história sem fim.
Trago no sangue a bravura
E a paixão pelos aporreados,
Só quero ensinar o que eu sei,
Pra quem vem depois de mim.
Só quero ensinar o que eu sei,
Pra quem vem depois de mim.
Nas gineteadas da vida,
Parceiro se faz campo a fora.
Mas no lombo dos aporreados,
É só eu, o mango e as esporas