Surungo da Moda Antiga
No Estilo Porca Véia (2015)
Porca Véia
Me agrada um surungo num fundão de campo
Onde os pirilampos clareiam o terreiro
Cavalo amarrado costeando o alambrado
E o baile ferrado de gaita e pandeiro
Cavalo amarrado costeando o alambrado
E o baile ferrado de gaita e pandeiro
Baldrame de rancho cortado de espora
Quem olha de fora, fumaça e poeira
E no lusco-fusco, rodeando na sala
A indiada baguala coiceando a vanera
E no lusco-fusco, rodeando na sala
A indiada baguala coiceando a vanera
Falado:
"E agora quero convidar o grande compositor, autor dessa obra, meu amigo Paulo Garcia pra cantar um verso comigo. Chega pra cá parceiro."
A gaita faceira mais cadenciadita
E as prendas bonitas chegam a toda hora
Quem não é maneado arruma namorada
Quem não é de nada vai pitar lá fora
Quem não é maneado arruma namorada
Quem não é de nada vai pitar lá fora
Falado:
"Meu amigo Porca Véia, participar contigo nesta canção foi um dos grandes presentes que a vida me deu. Saúde e sucesso, parceiro e que Deus te abenço sempre."
A lua clareia nas frestas do rancho
E os pirilampos apagam o luzeiro
Café de chaleira, guerrudo com banha
Torresmo com canha pra alegrar o gaiteiro
Café de chaleira, guerrudo com banha
Torresmo com canha pra alegrar o gaiteiro
A barra do dia espiando no oitão
Que baile bem bom, me disse uma prendinha
Gaiteiro cochila, a gaita retrecha
Se abre e se fecha já quase sozinha
É a última marca do baile, paisano
Vou montar no ruano e adeus, moreninha