Poeta, Poesia e Solidão
Rio Grande Cuiudo (2011)
Moraezinho
Quem canta os seus males espanta
Eu vou agora espantar os meus
Por que todo aquele que canta
Tem na garganta a voz de deus;
Quem planta vento colhe tempestade,
O que os olhos não vê o coração não sente
Não há remédio que acalme a saudade
Quando ele invade o coração da gente
Toda solidão tem o seu poeta
Todo poeta tem sua solidão
Por que a solidão é uma alma inquieta
Que ajuda o poeta na sua missão.
Quem canta os seus males espanta
Eu vou agora espantar os meus
Por que todo aquele que canta
Tem na garganta a voz de deus;
Só é porta quem nasce poeta
Quem não é poeta não faz poesia
E se fizer ela fica incompleta
Poesia e poeta é só Deus quem cria.