Contas
O Rastro e a Poeira (2009)
Miro Saldanha
Terra seca no coração
+ solidão e poeira
- fé + desilusão
= tentação, bobeira.
Vida nova ao sonho rural
+ vendaval urbano,
Fim da conta e prova real
Deu = engano.
REFRÃO
Quem já ouviu a cigarra
O meu canto entenderá;
Por conta, diz a guitarra
O que minh'alma dirá.
Quem, pelo campo, fez tanto,
Some as saudades de lá
E empreste a voz ao meu canto,
Que eu trago o campo pra cá.
O concreto é cruel, assim!
É bem assim, covarde!
Quando a gente percebe o fim,
Sei por mim, é tarde!
Soma o resto e divide o pão!
Pranto não, labuta!
Essa gente de "pé-no-chão"
Não diz "não" sem luta!
REFRÃO (bis)