Décimas Pra um Aba Quinze
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Ênio Medeiros
Nasci pra ser peão campeiro
Desta minha pampa torena
Por pachola e bem pilchado
Eu trago um cury encouraçado
Sentado sobre as melena´
Debaixo de um aba quinze
Trago a rudeza estampada
Pelos campos de fronteira
Sovado à lida grongueira
Nas sesmarias dobradas
Meu sombreiro requintado
No velho estilo pampeano
Pelo apojo da alvorada
Das serrações das canhadas
Sovadas pelo minuano
Bombeio à moda crioula
Junto com o poncho piloto
Numa parelha de tostadas
Empurro tropa na estrada
Escoro as águas do agosto
Bombeio à moda crioula
Junto com o poncho piloto
Numa parelha de tostadas
Empurro tropa na estrada
Escoro as águas do agosto
Quantas vezes nas carreira´
Te desabo por desaforo
Fazendo sombra pra china
Quando a tarde se encrina
Só pra tentear um namoro
Quantas vezes nas carreira´
Te desabo por desaforo
Fazendo sombra pra china
Quando a tarde se encrina
Só pra tentear um namoro
Em rodeio ou festa campeira
Ao confirmar uma armada
Empurro meu quatro tentos
E te saco em cumprimento
Saudando a arquibancada
Teu barbicacho trançado
Curtido de tanto sal
Feitio do nego porfírio
Te aperto sempre que encilho
Quando lido com bagual
Teu barbicacho trançado
Curtido de tanto sal
Feitio do nego porfírio
Te aperto sempre que encilho
Quando lido com bagual
Se te largo, é pra nuca
Debochando, só por farra
Numa lida de mangueira
Pealando eguada matreira
De bolcada e cucharra
Quantos tirões tu levastes
De muita prenda enciumada
Que me viram gavionando
Te reboleando e dançando
Por trás da minha prateada
Por isso, com muito orgulho
Te ostento como um troféu
Trago na cabeça erguida
Nossa senhora aparecida
Na copa do meu chapéu
Por isso, com muito orgulho
Te ostento como um troféu
Trago na cabeça erguida
Nossa senhora aparecida
Na copa do meu chapéu
Letra: Bento Nildo Goulart / André Oliveira