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Do Pavão ao Canta Galo

Era Assim Naquele Tempo (2012)

Cesar Oliveira e Rogério Melo

Meu cavalo enche a boca
E a cambona faz ponteio;
Um cochincho rasga ao meio
A calma da madrugada...
Enquanto a aurora prateada
Vem destapando o rodeio!

Quando a última estrela
Deixar o céu do potreiro,
Pastando e seguindo o cheiro
Que a noite levou do pago...
Refugo os avios do amargo,
Porque o sol chega ligeiro.

Meu "Confiança" é noite escura...
Com prenúncios de tormenta;
Um relâmpago na testa
E um tufão em cada venta!

"Tem labuna 'nas dez quadra'
De 'cansá' 'inté' a cuscada...
E na boca da picada
Um touro berra e se arrima,
Chairando as armas da esgrima
Na macega sapecada!..."

Tem aparte no Pavão,
Bicheira no Canta Galo,
Mas eu vou bem a cavalo
E o resto eu levo no grito!
O mango é só pra bonito
E a espora é sempre um regalo!


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