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Oh de Casa

Romance Estradeiro (1986)

Miguel Marques

Oh de casa com licença peço achego
Que o meu tempo já gastou até as estradas
Venho trazendo na algibeira avios e sonhos
E a esperança pelo mundo feito espada
A vida gasta, perde o brilho e seus motivos
Os sonhos brotam, geram flores, perdem cor
Só as guitarras têm o poder das ressonâncias
Quando libertas, cantam a vida, o sol, o amor
Oh de casa se há alguém, abra a cancela
Venho de longe, trago nos braços sesmarias
Nesta mala vem a razão, vem a verdade
Perdas e ganhos que guardei pras cantorias
Oh de casa que os galpões abram suas portas
Para abrigarem além da luz os seus peões
Que os pais de fogo em rondas pátrias de avivem
Pois os braseiros estão em nossos corações
Se o tempo xucro caserear rumos perdidos
E as mateadas forem poucas pra encilhar
Retomo á estrada, sigo em frente rumo á vida
E este oh de casa minh’alma vai despertar

Letra: mário amaral e adriano medeiros
Música: jader duarte
Violões e contrabaixo: maurício lopes
Acordeon: jackson fabrício
Percussão: jucá de leon


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