Mário Barbará

Bruxarias

1995

Juras Eternas

Não, não me implore essas juras eternas
Que eu não sei até quando amarei
Teus cabelos, tua boca, tuas pernas

Não, não me pede uma coisa que é incerta
Que eu não sei até quando serei
Teu amigo, teu amante, tua oferta

Não, nunca despe essa dor da incerteza
Não esquece de virar a mesa
Quando achares que chegou a hora

Não, eu não quero ser muito feliz
Como em muitos invernos eu quis
Amanhã eu talvez vá embora

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