Grupo Quero Quero

Rumo ao Fandando

1999

Invernos

Parece que o inverno brabo me pegou desprevenido
Cresce o calor da Água quente no mate recÉm cevado
Emparceira o poncho aberto ao redor do fogo que arde
E esse frio que vem do miolo, me gelando sem alarde

Baixa a poeira das jornadas no fundo do corredor
Muitas tropas jÁ passaram, outras nem mesmo se vÃo
A vida passa ligeira, sem pena nos atropela
Meu gateado que cruzava, hoje espera na cancela

Aperta o ronco do mate, sofrena um trago da canha
Esquenta o fogÃo campeiro, mas É pouco pra friagem
Acendo quieto o palheiro, tragando fumaÇa larga
Espicho a dor dos invernos com a que o coraÇÃo amarga

Se a pampa vai se alargando, fugindo do tempo feio
Vaga perdida na noite minha estrela campesina
A trote busco no hoje razÃo pra toda minha vida
Cresce o valor da querÊncia nestas lÉguas distorcidas

Os olhos param no fogo e na fumaÇa que sobe
Bombeiam mais o meu sangue, o pulsar das emoÇÕes
Arredio sangue pampeano, crioulo mais do que o mate
Sonhando vivo o rio grande, deitado em riba do catre

(refrão)

Dicionário gauchês

MATE PONCHO PAMPA TROTE QUERÊNCIA CRIOULO

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