Colono Brasileiro
Teixeirinha Sempre Teixeirinha (1973)
Teixeirinha
Eu programei um passeio
lÁ na minha fazendinha
na volta dei um balanÇo
o que era a vida minha
morando aqui na cidade
viver de rei e rainha
um dia falta de carne
outro feijÃo e farinha
sempre faltando uma coisa
no centro no fim da linha
nÃo hÁ como lÁ na roÇa
um luar e uma palhoÇa
antiga vida que eu tinha
uma casinha pequena
luminada a lampiÃo
no inverno É muito frio
se faz um fogo no chÃo
uma mulher bonitinha
no avental secando a mÃo
sorri e dÁ um beijinho
e alcanÇa o chimarrÃo
a lua invadindo a casa
cheiro de manjericÃo
depois da janta É prÁ cama
com a esposa que a gente ama
dona do meu coraÇÃo
o galo amiÚda o canto
É hora de ir levantando
enquanto ela faz o fogo
na mangueira estou lidando
tiro o leite da barrosa
na cozinha estou entrando
a Água jÁ estÁ quente
o chimarrÃo vou tomando
depois o cafÉ com leite
pÃo de forno acompanhando
galinha frita e toucinho
na esposa dou um beijinho
prÁ lavoura vou cantando
arvoredo muito grande
mil galinhas no terreiro
muitas vacas dando leite
muitos porcos no chiqueiro
feijÃo e milho plantado
hÁ verduras no canteiro
Água boa de vertente
na sombra do mamoneiro
fartura dentro de casa
no bolso muito dinheiro
viver honrado e descente
da inveja a muita gente
o colono brasileiro