Tranco de Vida
Rincão da Alma (2008)
Marcelo Oliveira
Estampa antiga toreando o campo
E os pirilampos pelo o céu das invernadas
De cola atada, tranco de vida
E uma guarida me campeia a madrugada
Chapéu tapeado palmeando a noite
Quero um reponte que se achegue do passado
Busco entonado, pelo caminho
Algum ranchinho, pra "embalá" o corpo apertado.
Ringindo o basto me vou pela inquietude que estou
Campear romance pelas noites de verão
Ronca a cordeona, rumo a canhada
E a estrela dalva me guiando o coração.
Boca de grota, bem na picada
Chego à aguada, pois assim me fiz fronteiro
Som de pandeiro vai resmungando
E o suor mesclando no sebo de algum candeeiro.
Golpeando a sorte me vou, pois sei no rastro que estou
Morena linda escorada no balcão
Pala no braço, anca de china
Noite que arrima pra um romance no rincão.