J. C. Leite
Toda palavra nos ferra com sua marca indelével
Com juras lembra o silencio no pampa do entardecer
Destino punhal suspenso na esquina do coração
E solidão é uma estrela que se esqueceu de nascer
Tantas são as palavras, as terras em que se lavra
No duro oficio de ser, que as vezes perde-se o rumo
Vigiar então é preciso, de camperiar dia e noite
Aquelas que nos devolvam o pão e sol de viver
Como a palavra ternura quebrando o gelo dos homens
Como a palavra coragem sagrando novos caminhos
Como a palavra amizade nos ensinando a crescer
Como a palavra amizade nos ensinando a crescer...