(Vou cantar um xote carreirinha
Coisa muito minha, muito nossa
Um xote que tocado o baile engrossa
Fazendo o pó subi que nem farinha)
Oigalê eu sou gaúcho
A alma forte pela seiva dos amargos
Nas alegrias bebo luas nas cacimbas
Nas amarguras canha pura em trago largo
Venha tchê venha pro xote
De roupa nova brim listrado ou brim azul
Que ele é um mistério muito sério e é gaudério
Tem cor e cheiro e tempero aqui do sul
Se arremangue venha pro xote
Se alvorote entre no passo que nem eu
E dê-le gaita dê-le tecla sirigaita
Que nos meus braços é uma flor que amanheceu
Caramba o xote manda manda e comanda a gente como eu nunca vi
Faz entrevero de povoeiro com campeiro
E dançam juntas a bombacha e a calça lee
Mistura e confusão de pessoas, animais ou coisas.
Cidade.
Calça-larga abotoada na canela do gaúcho