O vento norte a embalar macegas
E o baio ruano abaralhando o freio
Solto do peito aquele grito largo
Marca sagrada de parar rodeio
Um pouco adiante o cusco atropela
A lebrezita que arrancou do sono
Bem lá no alto um touro osco berra
Como se fosse desse mundo o dono
(pela invernada vão brotando trilhas
Riscando o verde de pêlo e poesia
A cavalhada em disparada longa
E o tranco manso do gado de cria)
A água suja no passo da sanga
Carrega cheiro de pasto pisado
Um quero-quero recortando os ares
Mistura jeito de chefe soldado
Até uma nuvem caminhando lenta
Chega sedenta no cocho de sal
Deus participa dessa tarde morna
E deixa à mostra seu amor rural
(será esse grito de parar rodeio
Letra de um hino ou cantar de vida?
É certo mesmo que faz bem à alma
E adoça a boca no rigor da lida)
Até uma nuvem caminhando lenta
Chega sedenta no cocho de sal
Deus participa dessa tarde morna
E deixa à mostra seu amor rural
(será esse grito de parar rodeio
Letra de um hino ou cantar de vida?
É certo mesmo que faz bem à alma
E adoça a boca no rigor da lida)
Pequeno cachorro (o mesmo que guaipeca).
Subdivisão de uma Fazenda; designa também, departamento de um CTG (Entidade Tradicionalista).
Pelagem (cor dos pêlos) de animais.
Andadura lenta dos eguariços.