Juvenal Ferreira / Fábio Duzac
Um dia levantei cedo, co´as minhas espora´ afiada
Pra encilhar um cornilhudo que é o florão da matungada
Mas, quando saltei no lombo, se embodocou me esperando
Convidei nas ferramenta´ e o loco, que nem tormenta
Se desmanchou corcoveando
Não me leve a mal, não me leve a mal
Eu nasci pra ser ginete e quebrar queixo de bagual
Rebentou o lóro do estrivo, e a chincha foi pras virilha´
Berrando e coiceando a cola, se sumiu pela flechilha
Só ouvia o ringir das cordas fazer eco nas coxilhas
De cima eu olhava o pasto, vinha grudado no basto
Igual tronco de curunilha
Não me leve a mal, não me leve a mal
Eu nasci pra ser ginete e quebrar queixo de bagual
Vivo domando aporreado, deste ofício me sustento
Onde tem potrada xucra, ficar longe eu não aguento
Gosto do tinir da espora e do tilintar das rosetas
Depois de eu alçar a perna, beiçudo não se governa
Só que as corda´ se derreta´
Não me leve a mal, não me leve a mal
Eu nasci pra ser ginete e quebrar queixo de bagual
Quando voltava pra estância depois de juntar o rodeio
O maula vinha riscado de espora e cabo de reio
Era um preto malacara que levou este floreio
Voltou mansinho pra o rancho e é só deus do céu com gancho
Pra me tirar dos arreio´
Não me leve a mal, não me leve a mal
Eu nasci pra ser ginete e quebrar queixo de bagual
Grande estabelecimento rural (latifúndio) com uma área de 4.356 hectares (50 quadras de sesmaria ou uma légua) até 13.068 hectares (150 quadras de sesmaria ou três léguas), dividida em Fazendas e estas em invernadas.
Vivente que não devemos recomendar.
Primeira habitação erguida no Continente de São Pedro, edificada com material que abundava no local (leiva, torrão, pedra ou pau-a-pique e barreado), coberto com quincha.