INFORMAÇÕES DA MÚSICA

Bailanta do Tiburcio

Pedro Ortaça

LP Troncos Missioneiros (1988)

Vou contar de uma bailanta
Que existiu no meu pontão
Indiada do queixo roxo
Que nunca froxou o garrão
Vinho curtido em barril
E cachaça de borrachão.

Os gaiteiros que eram buenos
Davam a mostra do pano
O carlito e o dezidério
O felicio e o bibiano
Cambiando com o juvenal
Num velho estilo pampeano.

Dona china passou ruge
Ajeitou bem o cocó
Cruzou o jaguapassô
Lavou os pés no jaguassengó
Na bailanta do tibúrcio
Balanceava o mocotó.

Lembranças que são relíquias
Dos meus tempos de guri
Os pares todos bailando
Coisa mais linda eu não vi
Um agarrado no outro
Pra mode de não cair.

E lá pela madrugada
Bem na hora do café
Dom tibúrcio mestre sala
Gritava batendo o pé
Agora levanta os home
Para comer as muié.

Milho assado era o catete
Plantado de saraqüá
Feijão preto debulhado
A bordoada de manguá
Bóia melhor do essa
Lhes garanto que nao há.

É lá no velho pontão
Linda terra de fartura
Queijo, ambrosia e melado
Bolo frito e rapadura
Batata deste tamanho
E mandioca desta grossura.

Mas que tempo aquele tempo
Que se vivia feliz
Só a saudade restou lá
No garrão do país
Da bailanta do tibúrcio
Vertente, cerne e raiz.

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CHINA

Mulher mameluca (primeira companheira do gaúcho).