Eu tava me aprontando pro baile da noite
Mandaram me chamar (3x)
Encilha o gateado, toque a galope, a velha tá mal
Precisa remédio, não passa de hoje, um pé lá outro
Cá,
Parará, parará, parará, parará...
Mas logo hoje na noite do baile
A marica de certo nem sabe da velha
Não vai esperar
Tanto dia pra morrer e logo hoje...
Coitada da velha, patroa tão boa
No outro verão quando a castelhana andou por aqui
Me metendo os olhos
Rebolejo pra cá, rebolejo pra lá, rebolejo pra lá,
A velha me avisa, ?cuidado meu filho essa não te
Serve
É que nem coruja de corredor?
Mas do jeito que vamos já fiz uma légua
Não dá pra parar, parará, parará, parará, parará,
Parará
Parará, parará, parará, parará....
A marica tá na baile dançando com quem? (2x)
No ano passado no cuxirão da quebra do milho peguei o
Meu eito do lado do dela
Vontade de tá perto, dizer o que sinto
Vontade de tá perto, dizer o que sinto
Mas não vem
Do jeito que vamos já fiz outra légua
Parará, parará, parará, parará
Parará, parará, parará, parará...
O cigano chegou vendendo tacho
A marica num vestidinho quase não cabendo
O cigano estaqueado,
Olhando demais
Me deu um engasgo
?bicho do diabo, vendedor de tacho
Não sabe nem andar a cavalo?
No outro dia fui na venda e comprei um pano de chita
?tome, faça outro vestido, aquele não te cabe mais?
Nessa hora o baile já pegou
Nessa hora o baile já pegou
A marica tá lá, a gaita se abrindo, o gaiteiro se
Rindo
Cantando pras moças assim deste jeito:
?quando vim da minha terra minha mãe recomendou
Meu fio tu nunca te casa, que o teu pai nunca casou!?
A estrada se estira e a metade já foi
A marica no baile e eu a galope
Convidando o cavalo, ?vamo gateado véio?
Fala nisso, me lembrei do gaúcho da fronteira, tchê
?ala pucha, tia picucha quadra o corpo e vou de lado
O gaúcho da fronteira dê-lhe boca pro gateado?
Quando a volante chegou na fazenda
Seu fiscal todo monarca
Intimando: ?quero isso! quero aquilo!?
E blocos e ?papélis?
E o patrão atendendo e a raiva crescendo
E o patrão atendendo e a raiva crescendo
Até que não deu
Arrepiou o topete, se arrastou pra fora e puxou dos
Talher
Na hora do pega o seu fiscal pediu penico
?pelo amor de deus, não se ofenda, o senhor entendeu
Mal,
Não foi isso que eu disse?
Chegou grandão, saiu pequenininho
Mas um upa gateado, que estamos no passo
E não dá pra pará
Parará, parará, parará, parará...
Parará, parará, parará, parará...
Sem de coro marcado chego na vila
Enforco o gateado, cabresto na guela
Pra miorá o fôlego
Bato na farmácia, me atende ligeiro
A velha tá mal, não passa de hoje
Que eu toco de volta, um pé lá outro cá
Parará, parará, parará, parará...
Que ainda tem baile, me espera marica
Dá tempo pra um tango
Se o cigano vai, dá tempo pra um mango
Parará, parará, parará, parará...
Eu tava me aprontando pro baile da noite...
Mandaram me chamar...
(por keni wilder muniz)
O osso do jogo-do-osso.
Porção ou área de lavoura sem medidas exatas que era proporcional ao número de escravos escalados para cumprirem uma determinada tarefa naquela área.
Medida do sistema sexagesimal.
Tipo de andadura de velocidade média (nem rápida e nem ligeira = moderada) dos eguariços.
Palavra de origem guarany, pois nessa língua não existe vocábulos com o som da letra “L”.
Medida de comprimento do sistema sexagesimal. São 60 braças de 2,2m = 132 m;
A maior autoridade de uma Estância, Fazenda ou CTG.
Apero de couro cru que prende-se ao buçal (pela cedeira ou fiador).