Lindera ao passo velho do toro passo
desde os tempos da linha férrea
passando o bolicho do gaiola,
a vida lá foravista do arroio do fundo,
me cala fundo
quando apeio ali, na cabanha toro passo
quando uma milonga fronteira, floreia grongueira, charlando distâncias de campo e de flor, por onde for...
um tempo novo abre os trabalhos, metendo cavalo, com o pinho nos braços fazendo um fiador, pra alguma dor!
quando uma milonga marcada, cutuca por nada mandando a palavra,
botá no serviço a inspiração...
a vista do lombo do arreio,
chuleia os terneiro,
a eguada, os carneiro,
e a cuscada ovelheira no corredor!
quando uma milonga buenaça
ponteia lindaça, fazendo fumaça
pra um chibo estendido n´alguma cruz...
a gente faz tudo que gosta,
mas só quem se topa, termina na volta;
deitado nas cordas, ouvindo um violão!
então tá!!!
que tal fecha um mate, tocando pro gasto.
com a alma lavada, cheirando a pasto,
batendo na marca de um milongão...
então tá!!!que tal quebra o cacho da cola dos planos,
largar a galope e a todo pano,
matar a saudade de rir e chorar...
milonga!!!milonga!!!