Por aqui eu me apresento,
Da terra mais uma cria.
Piazinho, mas com mania,
Que se garante nos ?tentos?.
Com gana, fibra e talento,
Sem nome, sem fidalguia.
Parecendo gente grande,
Campeiro todos os dias
Na pampa xucra e bravia
Do garrão deste rio grande!
Me criei sem brincadeiras,
Crescendo feito um xirú.
Mais forte que uma tronqueira
E lonca de couro cru!
Redemoinhando em mangueiras,
Descalço, de peito nu.
Botando as vacas ?leiteira?
Laçando touro zebu!
Aos oito entrei na escola
E aprendi bem o recado...
Montei em potro aporreado
E descobri minha sina.
Aos nove fiz sabatina,
Aos dez estava formado,
Aos onze fui me ajustar,
Aos doze firme montado,
Lidando com gado alçado
Laçando sem nunca errar!
Senhores prestem atenção,
Que eu nunca fui arrogado,
Pois já nasci retovado
Nesta pampa, solto ao vento.
Campeiro cento por cento
No meu ofício sagrado.
A faculdade campeira
Tirei, depois fiz mestrado
Parecendo ser talhado
Do chão d?alguma mangueira!
Descampados cobertos de vegetação rasteira onde a vista se estende ao longe; compreende desde a Província da Pampa Austral, ao sul de Buenos Aires (Argentina) até os limites do RGS com o Estado de Stª Catarina (Brasil).
Couro (pele) de eguariço.
Cavalo novo que ainda não levou lombilho.