Letra: Sérgio Roberto Vieira
Trago, amarrado nos tentos,
Este pensamento de quem quer voltar
Para repisar a areia do rio,
Onde, um dia, aprendeu a nadar.
Qualquer dia largo tudo
E me vou pra fronteira matar esta ânsia,
Parto em direção do pago e vou,
Num trago a trago, bebendo a distância.
Quero dar água pro pingo
Onde o Santa Maria abraça o Ibicuí,
Quero rever as belezas
Da velha querência, que deixei guri…
Sonho arrastar alpargatas
Lá no Toro Passo, num baile campeiro.
Nas carreiras lá das Tunas,
Quero ver meu potro chegando primeiro.
Penso em fazer como Onório:
Cavalgar nas várzeas, coxilhas e serra…
Já me imagino cantando,
De peito estufado, voltando pra terra.
Chego num trote chasqueiro
De velho camepiro, sem mostrar cansaço.
Não sei se seguro o choro,
Ao ver meu Rosário do alto do passo.
Lugar em que se nasce, de origem
Cavalo novo que ainda não levou lombilho.
Andadura moderada dos eguariços.