Só no nasci de acavalo
Mas me criei campo a fora
Pachola pelas coxilhas
Num gauderiar de xiru
Sentado num paysandu
Tinindo aço da espora
E sempre que alço a perna
No ermo das madrugadas
Brilha o sol dentro da alma
E outro por entre as brumas
Se refletindo nas plumas
Das garças em revoada
Quero morrer campereando
Numa coxilha qualquer
Só pra seguir de acavalo
Pra querência derradeira
Porque minha alma campeira
Se nega subir de apé
Já nasci pra ser campeiro
Sobre esta pampa dobrada
Com a rédea do Dom Cotxanga
De baixo dos meus arreios
Eu parto o rio grande ao meio
Levo o horizonte a trompada
E encontro pra pecha o sol
E a anca pra china lua
Porque eu só tenho um cavalo
Pra gauderiar na fronteira
Deixo esta alma campeira
Em outra alma xirua
Quero morrer campereando
Numa coxilha qualquer
Só pra seguir de acavalo
Pra querência derradeira
Porque minha alma campeira
Se nega subir de apé
Leves ondulações topográficas no terreno.
Vivente que monta bem e é hábil no serviço de campo.
Descampados cobertos de vegetação rasteira onde a vista se estende ao longe; compreende desde a Província da Pampa Austral, ao sul de Buenos Aires (Argentina) até os limites do RGS com o Estado de Stª Catarina (Brasil).
Apero de couro (torcido, trançado ou chato) preso às gambas do freio, que servem para governar os eguariços.
Conjunto da encilha.