E o véio floreava a gaita como nunca
Ninguém viu garroteava notas chucras,
Foi juntando o macheriu
Rolava mate, a cachaça,
Chinaredo a bonapé preço do baile?
Um sorriso, na rua dança quem qué.
E num bigode enrusgado dentro do galpão
Bufava o patrão, bilhete aos maços,
Para o baile o povo aguardava,
Lá fora o povo dançava ao som da gaita
Charruá sapateavam pacholentos,
Baile debaixo da lua
E o patrão quis acabar com aquela farra na rua
Mas que é este gaiteiro tchê ?
É o sarsiro da gaita patrão
Onde mora este gaiteiro tchê ?
Nas bandas da vila pinto patrão
Passem já todos pra dentro
Acabem com essa porqueira
Baile na rua peonada, é baile de bagaceira
Quem diz de parar a gaita, rasta pé no chão batido
O patrão munto num porco - mas que gaiteiro atrevido:
Dentro do galpão cordeona, pandeiro e violão na pua
Encostaditos num banco, se babando pra ir pra rua tocar
Com aquele gaiteiro um baile debaixo da lua
Credo em cruz que prejuízo, vão falir o ctg
Vou tomar as providências vocês vão se arrepender
O patrão encilhou o pingo e se sumiu de cara feia
Voltou com o comissário, com a brigada deu peleia
Levaram que judiria o gaiteiro pra cadeia.
Vila, distrito.
A maior autoridade de uma Estância, Fazenda ou CTG.
Tipo de edificação que com o rancho forma um conjunto habitacional no RGS; numa Estância ou numa Fazenda, abriga o alojamento da peonada solteira, os depósitos de rações, almoxarifados, apetrechos, aperos, galpão-do-fogo, etc.
Afetivo de cavalo de estimação.